Publicado por Robson Merieverton

Uma planta da família das Myristicaceae, a bicuiba também pode ser conhecida como nóz moscada brasileira, bucuuvaçu e bicuiba de folha miúda. Além do uso medicinal, através do óleo extraído das sementes, as pessoas obtinham combustível para pequenas combustões.

A bicuiba é uma árvore grande, que pode atingir até 25 metros de altura na idade adulta. Ela é uma planta originária da Mata Atlântica, especialmente nas regiões do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Em minas seu óleo é reputado como antiferruginoso para armas de fogo

Propriedades medicinais

Na medicina natural, o uso da bicuiba é aplicado a muitos problemas de saúde, entre eles: asma brônquica e bronquite, preparo como expectorante e estimulante do centro respiratório; já no combate a diarreia agudas ou crônicas, a planta agia como adstringente e antiespasmódico.

bicuiba

Foto: reprodução/UFRGS/H.F. Uller

Além do mais, a planta também era usada em casos de metrorragia ou hipermenorreia, agindo como adstringente e hemostático. Seu uso também era indicado para controle da dismenorreia em miomatose, endometriose e adenomiose.

Entre as crianças, a planta pode ser usada no tratamento de diarreia aguda e como mucolítico e broncodilatador em crises asmáticas com expectoração abundante. Entre as mulheres que querem engravidar, o remédio natural também atua como galactagogo.

Atenção para o uso da bicuiba

Assim como acontece com qualquer outra planta, a inclusão no tratamento de algumas das doenças citadas acima deve ser acompanhado pelo médico. Só ele vai poder prescrever a dosagem certa e verificar se o paciente não vai apresentar qualquer efeito colateral.

As sementes podem apresentar toxidade em doses (muito) elevadas. Os sintomas são: hipotensão, instabilidade, hemodinâmica, convulsão, agitação, alucinações, confusão mental e óbito caso não haja tratamento efetivo.

Para resolver o problema, o procedimento médico mais indicado é a lavagem gástrica. O procedimento consiste no esvaziamento gástrico, lavagem com soro fisiológico e colocação de sonda naso-gástrica. Também é recomendado hidratação venosa, monitoração hemodinâmica, bloqueadores H2 da histamina e sedação para casos de agitação e convulsões.