Publicado por Natália Petrin

A planta conhecida como cipó caboclo, de nome científico é Davilla rugosa, é uma trepadeira de tamanho variável, nativa do Brasil. Com folhas ásperas e flores amareladas, a planta também é conhecida como capa-homem, cipó capa homem, cipó de carijó, cipó vermelho, lixa, lixeirinha, muiraqueteca, muirateteca, muraqueteca, sambaíba sambaibinha, ou ainda folha-de-lixa.

O plantio pode ser feito por sementes em qualquer lugar do Brasil, mas principalmente na Serra do mar. Somente se faz necessário colocar um apoio para a planta por ela ser uma trepadeira. Seu desenvolvimento se dá de forma mais eficaz em solos arenoargilosos, secos e arejados.

A planta medicinal

A planta possui propriedades depurativas e estimulantes, podendo ser usada como diurético, estimulante do sistema nervoso central, purgativo, adstringente, tônico e no combate aos inchaços das pernas. Suas propriedades envolvem ainda sua ação como emenagoga, antiespasmódica, febrífuga, antiasmática, anti-inflamatória, entre outas, sendo indicada ainda para amenorreia, histeria, asma brônquica, fraqueza, constipação intestinal e irregularidade menstrual.

As partes utilizadas são as folhas e as cascas, que devem ser colhidas na floração. A planta pode ser usada no tratamento de diversas doenças venéreas, icterícia, linfatites, edemacia, úlceras atônicas, entre outras. Pode ser usada ainda como afrodisíaco e no tratamento de hemorroidas.

Cipó caboclo

Foto: Reprodução

 

Preparando o chá

Para preparar o chá, você vai precisar de:

– 2 colheres de sopa da erva cipó caboclo;
– 1 litro de água.

Em um recipiente, adicione a água e a erva, então a leve ao fogo e, quando alcançar fervura, comece a cronometrar dez minutos. Depois disso, retire do fogo e deixe a mistura em repouso por mais dez minutos. A bebida pode ser, em seguida, coada e consumida. É importante atentar à dose: você deve consumir entre duas e três xícaras ao dia.

Contraindicações e efeitos colaterais

O consumo é contraindicado para pacientes gestantes e crianças. Quando ingerida em grandes quantidades, a planta, ligeiramente tóxica, acarreta a necessidade de um esvaziamento gástrico com sonda nasogástrica em sifonagem e tratamento sintomático.

É essencial que qualquer paciente, antes de fazer uso de plantas medicinais ou medicamentos industrializados para o tratamento de doenças diversas, consulte um médico. Assim como quaisquer medicamentos, os naturais precisam ter seu uso acompanhado e indicado por um profissional, que irá orientar quanto às interações medicamentosas e aos riscos de consumo.