Também conhecida como jacatupé, paquirrizo, feijão batata, feijão macuco, ahipa, jiquima, batata chinesa, batata d’água, entre muitos outros nomes provenientes de diversas culturas, a jicama é um tanto difícil de se encontrada no comércio – procure em lojas de produtos naturais que sejam bastante completas, assim como mercados municipais -, mas seu uso está se popularizando, o que tem feito com que mais pessoas invistam em sua produção. Na literatura, existem muitos relatos, mas a jicama é uma leguminosa mais rara, cujas sementes maduras e folhas são toxicas devido à presença de rotenona, uma substância usada para paralisar peixes e facilitar a captura.
As vagens jovens da planta podem ser consumidas como legumes, no entanto, a parte mais interessante é a produção das batatas. Se for cultivar a jicama, é preciso descartar as vagens para que os nutrientes sejam destinados ao desenvolvimento da raiz tuberosa, caso contrário irão para a vagem e a raiz não se desenvolverá. Quando bem nutrido, esse alimente é doce e rico em proteínas e amido.
Na Ásia, inclusive, esse amido é vendido como uma fécula de excelente quantidade, mas, no Brasil, não é feita essa extração da planta que é cultivada por índios da Amazônia há muitos anos. Ao sul, a planta é mais conhecida pelo nome jacatupé, que deriva do tupi yakatu’pe.
A aparência da raiz tuberosa lembra um pouco as batatas doces, por isso o nome batata, mas é mais achatada e lobulada. Sua textura ao ser consumida é crocante e úmida, e sua coloração por dentro é esbranquiçada, lembrando um pouco o nabo e os rabanetes. Algumas variedades da planta podem ter um formato mais alongado, como as cenouras, e seu sabor é bastante doce e marcante, como o da batata yacon.
É nativa da América Central e seu nome científico é pachyrhizus erosus. Vale lembrar que somente as raízes da planta podem ser consumidas, e o vegetal apresenta algumas variações que têm características e benefícios bastante semelhantes.
Propriedades e benefícios
A jicama é usada no exterior como um excelente repositor de carboidratos, sendo considerada uma “super comida”. Além disso, possui alto teor de vitamina C e fibras, auxiliando no desenvolvimento das bactérias benéficas ao intestino e melhorando o funcionamento intestinal. Auxilia ainda no fortalecimento do sistema imunológico e, seu carboidrato é diferente: é absorvido e digerido mais facilmente por nosso organismo.
Com poucas calorias, a raiz é bastante nutritiva e possui um sabor que lembra uma mistura da pera e da maçã e pode ser usada na alimentação daqueles que estão de dieta.
Como consumir
A jicama pode ser consumida crua, ou ainda cozida em vapor, assada, grelhada ou frita. A forma mais comum é ela crua, valorizando o seu sabor doce. Pode ser adicionada em sanduiches, saladas e saladas de frutas ou consumida sozinha.
Pode ser usada para a fabricação de uma farinha que pode ser usada em substituição à farinha de trigo no preparo de bolos e tortas.
Sugestão de receita
Salada de jicama
Para preparar a salada, você vai precisar de:
– 1 jucama de aproximadamente 250 g já lavada e descascada
– 1 abacate mini
– 1 tomate maduro sem sementes
– ½ cebola roxa
– Folhas de coentro a gosto
– 2 cebolinhas picadas
– 1 pimenta dedo-de-moça vermelha sem sementes e picada em rodelas
– ½ pimenta dedo-de-moça verde sem sementes e também picada em rodelas
– Suco de 1 limão taiti
– 3 colheres de sopa de azeite
– Sal e pimenta a gosto
Em um recipiente, pique todos os legumes e o abacate e misture bem. Adicione as ervas e pimentas vermelha e verde e reserve. Em outro recipiente, misture o suco de limão, o azeite, o sal e a pimenta-do-reino e misture bem. Despeje sobre a salada e misture novamente, usando, preferencialmente, as mãos para não quebrar e despedaçar o abacate.