Publicado por Natália Petrin

De nome científico Tibouchina mutabilis, a planta manacá é originária do Brasil e pertence à família das Melastomataceae. Também conhecida como manacá da serra, cuipeuna, jeratacaca, cangambá, eratataca, managá e manacá da serra anão, a planta é uma árvore de porte variável podendo ficar entre 2 e 4 metros de altura, normalmente. Quando é multiplicada por meios vegetativos, ela não ultrapassará os 3 metros de altura.

Suas folhas são ovais e as flores normalmente são solitárias. Seu fruto é uma cápsula semilenhosa que possui muitas sementes. Suas flores são mutáveis tendo, inicialmente, uma coloração branca, depois roxa em tons claros e posteriormente roxa em tons escuros, sendo que se formam normalmente no inverno. Essa planta pode ser cultivada isoladamente ou em grupos, e reproduz-se por sementes ou pode ser multiplicada por estacas.

Manacá

Foto: Reprodução

Propriedades e benefícios

A planta possui propriedades medicinais que podem ser usadas em tratamentos fitoterápicos, mas sempre com acompanhamento médico. Suas ações são como purgativo, diurético, emenagogo, antivenéreo, antissifílico e antirreumático. Pode ser usada no tratamento de reumatismos, artrites, afecções inflamatórias, dores, cólicas menstruais, cãibras, febres, gripes, resfriados, doenças venéreas, agindo ainda como tônico e depurativo do sistema linfático.

Efeitos colaterais e contraindicações

A planta pode apresentar alguns efeitos colaterais quando consumida, como o aumento do número de evacuações, ou ainda diarreia pastosa em intestinos com tendência. Pode acarretar ainda um quadro de sensibilização a salicilatos e alterações na coagulação sanguínea.

Em caso de superdosagem, o consumo pode causar salivação excessiva, vertigem, anestesia geral, paralisia parcial da face, edema da língua e visão embaçada. Quando acontecer a ingestão de altas doses, procure um médico que deverá, além das medidas usuais para intoxicação, deverá fazer um tratamento sintomático e monitoramento de funções.

O medicamento pode apresentar interação medicamentosa, potencializando a ação da aspirina e anti-inflamatórios. Procure orientação médica antes de consumir, pois existem ainda diversas interações.

Formas de consumo

Decocção: para preparar a decocção, coloque as raízes em uma vasilha e acrescente água fria. Em seguida, leve ao fogo por um período de, no máximo, 10 minutos. Retire do fogo e, em seguida, tampe a mistura. Deixe por alguns minutos e em seguida coe, consumindo conforme orientação médica.

Consuma sempre antes das refeições e não adoce com açúcar. Caso achar necessário adoçar, o faça com pequenas quantidades de mel.