Publicado por Natália Petrin

De nome científico Strychnos pseudoquina, a erva quina cruzeiro é uma planta de porte médio que pode ficar entre 3 e 5 metros de altura. Muito encontrada no cerrado brasileiro, a planta também é conhecida como quina do cerrado, chichona vermelha, casca peruana e casca dos jesuítas. Pertencente à família das Rubiáceas, a planta possui cápsulas que contêm sementes – entre 40 e 50 cada.

Benefícios e propriedades

Nativas de áreas montanhosas e tropicais das Américas Central e do Sul, a planta vem sendo usada há séculos para tratamento de malária, febre, indigestão, doenças da boca e da garganta. Somente em meados do século XIX que seu uso no tratamento da malária foi estabelecido formalmente, iniciando o cultivo.

Para fins medicinais são usadas as folhas, casca da raiz, casca dos ramos e casca do tronco. Estas carregam propriedades febrífugas, antimaláricas, tonificantes, adstringentes e cicatrizantes. É indicada para estimular as funções intestinais, gástricas e hepáticas.

Quina cruzeiro

Foto: Reprodução

Como preparar?

O chá de quina cruzeiro deve ser preparado com a proporção de duas colheres de sopa para cada litro de água.

Coloque os dois ingredientes em um recipiente e leve ao fogo, deixando até alcançar fervura. Quando isso acontecer, deixe cozinhar por aproximadamente 10 minutos e em seguida retire do fogo. Deixe a mistura tampada em repouso por mais 10 minutos e em seguida o chá estará pronto para ser coado e consumido.

A dose indicada é de 2 a 3 xícaras ao dia.

Contraindicações e precauções

O uso desse medicamento natural é contraindicado para pacientes em período de gestação, pois possui muitos efeitos adversos sobre o feto e pode ser abortivo – a quinina pode causar o estímulo uterino. O medicamento também não deve ser usado por mulheres que estão amamentando, pois a quinina presente na planta é excretada no leite materno – em quantidades insignificantes. É contraindicado ainda para crianças.

Quando consumido em doses elevadas o medicamento pode causar dores de cabeça, tonturas, surdez e irritação gástrica.

Atenção: Sempre antes de começar a fazer um tratamento de alguma afecção, seja com produtos naturais ou industrializados, é importante consultar um médico especialista da área, pois mesmo as plantas possuem interações medicamentosas e devem ser analisadas antes do consumo.

O chá feito com essa, ou qualquer outra planta, não deve substituir o tratamento indicado por seu médico de confiança.